quinta-feira, 14 de maio de 2009

Génese dos principais acidentes do litoral português

1 - Haff- delta de Aveiro

Delta – forma de desembocadura de um rio em que a carga de depósitos é significativa, ultrapassando a da remoção provocada pelas ondas e marés. Estes depósitos acumulam-se, assim, junto á foz, levando frequentemente o rio a subdividir-se em vários braços.

A “ria“de Aveiro resultou da regressão marinha e do assoreamento conjugado do rio Vouga e do mar numa antiga reentrância do litoral - golfo.
Os sedimentos arrancados do litoral rochoso a Norte, foram arrastados pela corrente marítima (Deriva Norte-Sul) dando origem a um cordão arenoso. À medida que este cordão se ia estendendo, foi-se construindo um outro, agora de Sul para Norte. À medida que estes cordões avançaram isolaram as águas marinhas, formando uma laguna onde o rio Vouga e alguns afluentes passaram a desaguar e depositar os aluviões dando origem a pequenas ilhotas arenosas.
O assoreamento (acumulação de sedimentos) acabou por aproximar os dois cordões, fazendo-se actualmente a comunicação entre a água da laguna e do oceano por uma barra artificial que o Homem tem constantemente de desassorear.

2 - Concha de São Martinho

A concha de São Martinho é uma pequena baia que resultou da acumulação de sedimentos num antigo golfo cujas dimensões foram sendo reduzidas.

3 - Tômbolo

Tômbolo de Peniche é um istmo que formou devido á acumulação de sedimentos arenosos transportados pelas correntes marítimas. Este uniu a pequena ilha ao continente.

4 - Estuários do Tejo e Sado

Os estuários são áreas da foz dos rios que desaguam directamente no mar e onde é importante a influência das correntes e das marés, (havendo assim uma mistura de água doce com água salgada).

Os estuários do Tejo e do Sado são de grandes dimensões e assumem uma grande importância no contexto nacional. A parte montante do estuário apresenta vários canais e ilhas; a jusante o estuário alarga e é rodeado de sapais, onde se situa a Reserva Natural. As suas dimensões favorecem a variedade e diversidade da fauna e da flora, apresentando condições particulares para a desova e crescimento de espécies de peixe e mariscos, habitat de aves aquáticas e outra fauna selvagem. Em termos económicos, os estuários permitem o desenvolvimento de instalações portuárias essenciais ao desenvolvimento do sector das pescas e dos transportes.

5 - Lido de Faro

O Lido de Faro localizado no Sotavento Algarvio, resultou da acumulação de sedimentos que foram arrastados por uma corrente de sentido W-E, originando um conjunto de restingas e ilhotas separadas por braços de mar.A Costa de Faro tem uma configuração diferente da Costa de Aveiro, mas em ambas as regiões foram favorecidas por factores como as reentrâncias costeiras, as correntes marítimas, as águas pouco profundas e uma costa alta, próxima. A costa de arriba tacada pela erosão forneceu grandes quantidades de detritos que as correntes e os ventos as marés foram transportando e depositaram nas águas baixas e abrigadas.

Localização dos principais acidentes do litoral português

segunda-feira, 9 de março de 2009

A PRESSÃO ATMOSFÉRICA

A pressão atmosférica é o peso que o ar exerce à superfície da Terra. O seu valor expressa-se em milibar (mb) ou em hectopascal (hp).
O valor normal da pressão atmosférica é de 1013 mb ou 1013 hp. No entanto o valor da pressão varia por influência de dois factores principais:
- a altitude ( a pressão diminui com a altitude pois diminui a coluna de ar atmosférico sobre um lugar)
- a temperatura ( o ar quente é mais leve e sobe, diminuindo a pressão; o ar frio é mais pesado e desce, aumentando a pressão).

Para além destes pode haver outros factores a influenciar o valor da pressão atmosférica.


Os centros barométricos podem ser:
CENTROS DE ALTAS PRESSÕES ou ANTICICLONES - quando o peso do ar é superior ao normal
CENTROS DE BAIXAS PRESSÕES ou DEPRESSÕES - quando o peso do ar é inferior ao normal
Nos centros de Altas Pressões o movimento do ar é descendente em altitude e divergente à superfície; nos centros de Baixas Pressões o movimento do ar é convergente à superfície e ascendente em altitude.

O ar desloca-se sempre das altas para as baixas pressões e a esse movimento na horizontal chamamos vento.

O movimento do ar faz com que os centros barométricos estejam associados a determinados estados de tempo:
- as altas pressões estão associadas a bom tempo pois o ar ao descer aquece e afasta-se da saturação, sendo impossível a formação de nuvens e a chuva.
- as baixas pressões estão associadas a mau tempo pois o ar ao subir arrefece e aproxima-se da saturação, formando-se nuvens que dão origem a chuva.

Os centros de pressão têm uma distribuição zonal à superfície da Terra:


- no Equador existe uma faixa de baixas pressões
- nos Trópicos existe uma faixa de altas pressões
- nos Círculos Polares existe uma faixa de baixas pressões
- nos Pólos existem altas pressões

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Solstícios e Equinócios - PT

Solstícios e Equinócios - Em Inglês

Neste video poderás observar a posição da terra face ao sol ao longo do ano (em Inglês)

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Exploração dos recursos do subsolo em Portugal

Exploração dos recursos do subsolo em Portugal

As rochas ornamentais e industriais e as águas são os recursos do subsolo que o nosso país apresenta com maior relevância.
Actualmente registamos algumas produções de valor relativo, nomeadamente a nível do cobre, estanho e tungsténio, com os quais ocupamos a posição de principal produtor de minério da UE.

Áreas de exploração de Recursos Minerais em Portugal

A distribuição das áreas de exploração dos recursos minerais em Portugal é profundamente influenciada pela grande diversidade/complexibilidade do território do ponto de vista geológico

Podemos individualizar três grandes unidades geomorfológicas nas quais de acordo com as características geológicas de cada uma, é possível verificar uma certa aglomeração de alguns dos recursos minerais que se incluem nesta industria.

1- Maciço Antigo
É a unidade geomorfologica mais antiga - formou-se na era paleozóica -e que ocupa uma maior parcela do território. Apresenta grande variedade de rochas muito antigas e de grande dureza (granitos e xistos). Nele localizam-se as principais jazidas de minerais energéticos, metálicos a rochas ornamentais e cristalinas. Apresenta um relevo acidentado, constituido por planaltos e montanhas.

2- Orlas Ocidental (desde litoral de espinho até serra da Arrábida) e Meridional (litoral algarvio)

Formaram-se na era mesocenozóica. Registam o predomínio de rochas de origem sedimentar (areias, arenitos, argilas, calcários, etc). Correspondem essencialmente às do sector das rochas industriais. Predominam as planícies.

3-Bacias do Tejo e do Sado

Constituem as unidades geomorfológicas mais recentes do pais e correspondem a áreas de sedimentação marinha e fluvial. São dominantes as rochas sedimentares (cascalho, areias, argilas e calcários). As suas maiores potencialidades encontram-se viradas para o sector das rochas industriais. O relevo é constituído por vastas planícies.

Actualmente a nossa actividade extractiva econtra-se repartida por vários sectores:

-Minerais Energéticos: Actualmente extraímos quantidades mínimas de urânio em algumas minas no centro do país. Este sector desapareceu (visto que o valor da extracção do urânio é de menos de 1% na actividade mineira em Portugal) após o encerramento das minas de carvão.

-Minerais Metálicos: Os que apresentam maior importância são o cobre, estanho, ferro e volfrâmio. O Cobre e o Estanho são extraídos no Baixo Alentejo, sendo o segundo também explorado nas regiões norte e centro do país. O ferro é extraído do Alentejo e o volfrâmio nas regiões centro e norte.

-Minerais Não Metálicos: Apresentam uma importância bastante diminuta na economia do país. Sendo predominantes nas regiões centro e sul. Destaca-se o sal-gema (cloreto de sódio) utilizado na indústria química e explorado no litoral centro e no sul do país. O quartzo e o feldspato são explorados um pouco por todo o país, sendo utilizados nas industrias da cerâmica e do vidro. O caulino (argila branca) é explorado essencialmente no litoral norte e é utilizado na industria da cerâmica. Outros minerais não metálicas explorados em Portugal são o diamito, barita e talco.

-Rochas Industriais: As mais exploradas são o calcário sedimentar comum, utilizado na construção civil e na produção de cimento e cal. As argilas comuns (exploradas em Águeda e Leiria) são utilizadas na industria da cerâmica e do cimento e na construção civil. Por fim as areias também são exploradas ao longo de toda a costa portuguesa, utilizadas como matéria prima na industria do vidro e na construção civil.

-Rochas Ornamentais: Dividem-se em dois grupos – 1 rochas carbonatadas (mármores e afins) exploradas em especial no Alentejo. – 2 rochas siliciosas (granito e afins) com destaque em Portalegre e Évora, existindo também algumas explorações no norte do país.

-Águas (Naturais e Minerais): Situam-se predominantemente na região a norte do Tejo o que está relacionado com a maior abundância de água nessa parte do território.

Dependência energética de Portugal

Ao longo da história, as necessidades das sociedades em energia têm vindo a aumentar, particularmente após a Revolução Industrial. O consumo de energia tem sido satisfeito por combustão de matérias-primas como a madeira, o petróleo, o carvão e, mais recentemente, o gás natural.

Estas matérias-primas, à excepção da madeira, são também designadas por recursos naturais não renováveis ou combustíveis fósseis, por a sua taxa de formação ser muito lenta em relação à escala temporal do homem. No caso do petróleo, os processos geológicos envolvidos na sua formação levam pelo menos 10 milhões de anos (o Homem existe na Terra desde há um milhão de anos).

De acordo com o actual ritmo de exploração, estima-se que as reservas petrolíferas existentes estejam esgotadas até ao ano de 2048. Além disso, os combustíveis fósseis, ao serem queimados, produzem grandes quantidades de poluentes, como o dióxido de carbono, óxidos de azoto e poeiras, com impactes negativos sobre a qualidade do ar, o efeito de estufa e saúde humana, pelo que se torna necessário fomentar o uso preferencial de fontes de energia como o sol, o vento, os oceanos, os rios e as plantas, que constituem as formas de energia mais limpas de que a Humanidade dispõe e que são, simultaneamente, renováveis.

A promoção da electricidade produzida a partir de fontes de energia renovável (FER) é uma prioridade comunitária, por razões de segurança, protecção ambiental (contribui particularmente para o cumprimento do Protocolo de Quioto), coesão social e económica.

Portugal é um país pobre em recursos energéticos de origem fóssil, dependendo substancialmente de importações, que em 2002 representavam 88% da energia primária consumida. Como consequência da dependência energética, o país consome importantes recursos na importação de energia.

Ao contrário da média europeia, a intensidade energética da economia portuguesa (consumo de energia primária por unidade de PIB) tem vindo a aumentar desde 1991, representando em 2002, o terceiro país com maior intensidade energética da economia na UE-15.

Contudo, o potencial nacional de energias renováveis é elevado, com destaque para a energia solar, hídrica, eólica e da biomassa, sendo Portugal o terceiro país da União Europeia com maior incorporação de energias renováveis.

De forma a reduzir a dependência energética e assegurar a segurança do abastecimento nacional, interessa aumentar o peso relativo da energia primária produzida em Portugal. Este aumento pode ser feito à custa do aumento da capacidade relativa de produção de energia nacional, em particular da produção de electricidade a partir de FER e, em simultâneo com a redução do consumo energético nacional (por aumento da eficiência energética e da sensibilização de consumidores).

Recursos dos subsolo em Portugal

No link seguinte poderás consultar uma apresentação PowerPoint acerca do panorama dos recursos energéticos em Portugal: produção vs consumo; encontrarás igualmente uma sintese das principais formas de energia alternativas que podem reduzir a nossa dependência energética.
Boa consulta.

http://rapidshare.com/files/190826485/Recursos_do_subsolo_EM_PORTUGAL__Modo_de_Compatibilidade_.pdf