quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Exploração dos recursos do subsolo em Portugal

Exploração dos recursos do subsolo em Portugal

As rochas ornamentais e industriais e as águas são os recursos do subsolo que o nosso país apresenta com maior relevância.
Actualmente registamos algumas produções de valor relativo, nomeadamente a nível do cobre, estanho e tungsténio, com os quais ocupamos a posição de principal produtor de minério da UE.

Áreas de exploração de Recursos Minerais em Portugal

A distribuição das áreas de exploração dos recursos minerais em Portugal é profundamente influenciada pela grande diversidade/complexibilidade do território do ponto de vista geológico

Podemos individualizar três grandes unidades geomorfológicas nas quais de acordo com as características geológicas de cada uma, é possível verificar uma certa aglomeração de alguns dos recursos minerais que se incluem nesta industria.

1- Maciço Antigo
É a unidade geomorfologica mais antiga - formou-se na era paleozóica -e que ocupa uma maior parcela do território. Apresenta grande variedade de rochas muito antigas e de grande dureza (granitos e xistos). Nele localizam-se as principais jazidas de minerais energéticos, metálicos a rochas ornamentais e cristalinas. Apresenta um relevo acidentado, constituido por planaltos e montanhas.

2- Orlas Ocidental (desde litoral de espinho até serra da Arrábida) e Meridional (litoral algarvio)

Formaram-se na era mesocenozóica. Registam o predomínio de rochas de origem sedimentar (areias, arenitos, argilas, calcários, etc). Correspondem essencialmente às do sector das rochas industriais. Predominam as planícies.

3-Bacias do Tejo e do Sado

Constituem as unidades geomorfológicas mais recentes do pais e correspondem a áreas de sedimentação marinha e fluvial. São dominantes as rochas sedimentares (cascalho, areias, argilas e calcários). As suas maiores potencialidades encontram-se viradas para o sector das rochas industriais. O relevo é constituído por vastas planícies.

Actualmente a nossa actividade extractiva econtra-se repartida por vários sectores:

-Minerais Energéticos: Actualmente extraímos quantidades mínimas de urânio em algumas minas no centro do país. Este sector desapareceu (visto que o valor da extracção do urânio é de menos de 1% na actividade mineira em Portugal) após o encerramento das minas de carvão.

-Minerais Metálicos: Os que apresentam maior importância são o cobre, estanho, ferro e volfrâmio. O Cobre e o Estanho são extraídos no Baixo Alentejo, sendo o segundo também explorado nas regiões norte e centro do país. O ferro é extraído do Alentejo e o volfrâmio nas regiões centro e norte.

-Minerais Não Metálicos: Apresentam uma importância bastante diminuta na economia do país. Sendo predominantes nas regiões centro e sul. Destaca-se o sal-gema (cloreto de sódio) utilizado na indústria química e explorado no litoral centro e no sul do país. O quartzo e o feldspato são explorados um pouco por todo o país, sendo utilizados nas industrias da cerâmica e do vidro. O caulino (argila branca) é explorado essencialmente no litoral norte e é utilizado na industria da cerâmica. Outros minerais não metálicas explorados em Portugal são o diamito, barita e talco.

-Rochas Industriais: As mais exploradas são o calcário sedimentar comum, utilizado na construção civil e na produção de cimento e cal. As argilas comuns (exploradas em Águeda e Leiria) são utilizadas na industria da cerâmica e do cimento e na construção civil. Por fim as areias também são exploradas ao longo de toda a costa portuguesa, utilizadas como matéria prima na industria do vidro e na construção civil.

-Rochas Ornamentais: Dividem-se em dois grupos – 1 rochas carbonatadas (mármores e afins) exploradas em especial no Alentejo. – 2 rochas siliciosas (granito e afins) com destaque em Portalegre e Évora, existindo também algumas explorações no norte do país.

-Águas (Naturais e Minerais): Situam-se predominantemente na região a norte do Tejo o que está relacionado com a maior abundância de água nessa parte do território.

Dependência energética de Portugal

Ao longo da história, as necessidades das sociedades em energia têm vindo a aumentar, particularmente após a Revolução Industrial. O consumo de energia tem sido satisfeito por combustão de matérias-primas como a madeira, o petróleo, o carvão e, mais recentemente, o gás natural.

Estas matérias-primas, à excepção da madeira, são também designadas por recursos naturais não renováveis ou combustíveis fósseis, por a sua taxa de formação ser muito lenta em relação à escala temporal do homem. No caso do petróleo, os processos geológicos envolvidos na sua formação levam pelo menos 10 milhões de anos (o Homem existe na Terra desde há um milhão de anos).

De acordo com o actual ritmo de exploração, estima-se que as reservas petrolíferas existentes estejam esgotadas até ao ano de 2048. Além disso, os combustíveis fósseis, ao serem queimados, produzem grandes quantidades de poluentes, como o dióxido de carbono, óxidos de azoto e poeiras, com impactes negativos sobre a qualidade do ar, o efeito de estufa e saúde humana, pelo que se torna necessário fomentar o uso preferencial de fontes de energia como o sol, o vento, os oceanos, os rios e as plantas, que constituem as formas de energia mais limpas de que a Humanidade dispõe e que são, simultaneamente, renováveis.

A promoção da electricidade produzida a partir de fontes de energia renovável (FER) é uma prioridade comunitária, por razões de segurança, protecção ambiental (contribui particularmente para o cumprimento do Protocolo de Quioto), coesão social e económica.

Portugal é um país pobre em recursos energéticos de origem fóssil, dependendo substancialmente de importações, que em 2002 representavam 88% da energia primária consumida. Como consequência da dependência energética, o país consome importantes recursos na importação de energia.

Ao contrário da média europeia, a intensidade energética da economia portuguesa (consumo de energia primária por unidade de PIB) tem vindo a aumentar desde 1991, representando em 2002, o terceiro país com maior intensidade energética da economia na UE-15.

Contudo, o potencial nacional de energias renováveis é elevado, com destaque para a energia solar, hídrica, eólica e da biomassa, sendo Portugal o terceiro país da União Europeia com maior incorporação de energias renováveis.

De forma a reduzir a dependência energética e assegurar a segurança do abastecimento nacional, interessa aumentar o peso relativo da energia primária produzida em Portugal. Este aumento pode ser feito à custa do aumento da capacidade relativa de produção de energia nacional, em particular da produção de electricidade a partir de FER e, em simultâneo com a redução do consumo energético nacional (por aumento da eficiência energética e da sensibilização de consumidores).

Recursos dos subsolo em Portugal

No link seguinte poderás consultar uma apresentação PowerPoint acerca do panorama dos recursos energéticos em Portugal: produção vs consumo; encontrarás igualmente uma sintese das principais formas de energia alternativas que podem reduzir a nossa dependência energética.
Boa consulta.

http://rapidshare.com/files/190826485/Recursos_do_subsolo_EM_PORTUGAL__Modo_de_Compatibilidade_.pdf